Ocultismo (da palavra em latim "occultus": "clandestino, escondido, secreto") é "o conhecimento do oculto". No uso comum da língua inglesa, oculto refere-se ao "conhecimento do paranormal", em oposição ao "conhecimento do mensurável", comumente referido como ciência. O termo estende-se também ao conhecimento do que "destina-se apenas a certas pessoas com preparo para recebê-lo", ou "pessoas escolhidas", ou que "deve ser mantido escondido". Trata-se ainda do estudo de uma realidade espiritual mais profunda que se estende além da razão pura e das ciências físicas, e que visa também, além da aquisição do conhecimento em si, a evolução humana e espiritual, assim como uma melhor qualidade de vida, para si e para os outros. Os termos "esotérico" e "arcano" têm significados muito semelhantes, e os três termos são intercambiáveis. Ele também descreve um número de organizações mágicas ou ordens, os ensinamentos e práticas ministradas por eles, e em grande parte da literatura atual e histórica e a filosofia espiritual relacionada a esse assunto.
Histórias semelhantes à que vem a seguir são muito comuns, apenas com variações. Bom, eu sou uma pessoa que escuta algumas vezes (com muito ceticismo, mas sem preconceito, sem descartar a hipótese de ser verdade), que outras não escuta, e que na verdade nem chega a se preocupar muito com isso. Mas num certo dia escutei, porque era uma pessoa extremamente confiável que falava: nada menos que minha própria mãe, pessoa muito verdadeira, acima de qualquer suspeita. Lembro que falávamos de filmes, de descobertas musicais, de receitas, de bobagens, contávamos anedotas, casos... e história daqui, história dali, de repente minha mãe ficou subitamente grave, até sua voz baixou um pouco. - Tem um caso que aconteceu comigo e é de arrepiar. - E sorrindo: - Mas vocês não vâo acreditar, sem chance...
Quem sabe? Tudo depende da pessoa que conta, do jeito de contar... Há dias em que não depende nem disso: estamos possuídos de universal credulidade. Mas insisto: a história foi contada por alguém de extrema confiança. Ainda assim, não espero nem peço o crédito do leitor. Louco seria esperá-lo, num caso cuja evidência até a minha própria racionalidade se recusa a aceitar. No entanto é o caso mais provavelmente sobrenatural de que tenho conhecimento - e não estou de forma alguma fazendo sensacionalismo (evidente que nisso vocês podem acreditar ou não, já que não me conhecem.) Algum dia, talvez surja alguma inteligência qualquer que reduza a minha fantasia a uma banalidade. Alguma mente mais lógica e menos excitável do que a minha poderá encontrar nos fatos que relato, com temor e respeito ao invisível e desconhecido, tão somente uma sequência natural de causas e efeitos.
Bom, a maioria de vocês conhece o tabuleiro Ouija (vide foto acima), que se compõe do tabuleiro em si, onde está impresso todo o alfabeto, os números e as palavras "sim" e "não", e mais uma espécie de ponteira móvel em acrílico ou outros materiais. Esse tabuleiro é tido como uma forma de comunicar-se com espíritos, e é largamente difundido que tratar-se-ia de uma prática extremamente perigosa, por meio da qual se pode contactar espíritos malignos capazes de atos terríveis. Para utilizá-lo, pesoas se reúnem em círculo ao seu redor, invocam espíritos e lhes fazem perguntas, que supostamente serão respondidas por esses espíritos pela movimentação da ponteira, formando palavras, frases ou indicando "sim" ou "não". O Ouija inclusive ficou famoso no filme "O Exorcista", por ter sido através de um deles que a menina Regan (Linda Blair) entrou em contato com o próprio diabo e acabou sendo possuída por ele. A maioria de vocês também sabe que muita gente, inclusive jovens inexperientes e desejosos de desafiar o perigo e o instigante, ou somente de se divertirem despreocupadamente, costumam fazer uma adaptação do Ouija (o "jogo do copo"), com as letras, palavras e números feitos em cartolina e um copo no lugar da ponteira. Há casos em que absolutamente nada acontece, já outros em que o copo realmente se move, às vezes até muito depressa, levando muitos a crerem que realmente ali está um espírito se manifestando, enquanto outros acham que se trata apenas de algum dos presentes empurrando o copo.
E é aí que entra a história a que minha mãe se referiu. Ela conta que, quando adolescente, costumava brincar do jogo do copo com amigas, irmãs e primas, e era sempre muito divertido, cheio de risadas e bobeiras de meninas. O copo nunca se mexia, ou quando acontecia, ficava claro que era alguém empurrando. Até que um dia o copo começou a se mover mais rápido. Elas ficaram naquela excitação juvenil, nem pensaram em algum suposto perigo que poderiam estar correndo. Uma tia minha, que tinha esquecido uns óculos não sabia onde, perguntou onde estavam. A resposta foi "Perin" (Casas Perin é o nome de uma loja de departamentos em Santa Maria - RS, onde moravam.) Mais tarde ela encontrou os óculos justamente lá, mas não se impressionou, porque mais de uma das garotas sabiam que ela tinha estado nessa loja e ela achou que com certeza direcionaram o copo. Porém, certa vez aconteceu de o copo, movendo-se muito rápido, "escrever" tanta coisa, e num linguajar totalmente diferente do delas, que elas acabaram se assustando. Então minha mãe fez a pergunta usual: "Tem alguém aqui? E quem é?" O copo respondeu: "Nunca mais faça essa brincadeira, porque ela é perigosa e mortal". Nesse momento ela realmente se assustou muito, bagunçou todas as peças do tabuleiro, acabou com a brincadeira e nunca mais quis se meter nisso. As outras ainda continuaram, mas não sei por quanto tempo nem que experiências tiveram.
Conheço ainda um outro caso sobre o jogo do copo, este contado por um primo, pessoa também de minha grande confiança, só que este me parece por demais fantasioso, mas... quem pode saber? Tantas coisas entre o Céu e a Terra... De qualquer modo, aí vai, e nas palavras dele. Cada um que tire suas próprias conclusões:
"Isto foi em 1996, com um conhecido de umas amigas minhas. É sobre a brincadeira do "espírito no copo" (que é como meu primo chama). Essas minhas amigas estavam na casa de um amigo e com um outro pessoal, e, num clima de bagunça, resolveram jogar. Como o copo tem que ser virgem e eles não tinham nenhum, "purificaram" um com água corrente e sal grosso e deixaram secar ao vento. Eles fizeram juntos um tabuleiro redondo com letras, números, e o "sim" e "não", e era só zona e risadas, estavam se divertindo muito. Sentaram em volta, deram-se as mãos, rezaram três Pai Nossos, se concentraram e fizeram a invocação do espírito: "Se tem algum espírito aqui, que se manifeste agora!" Passou um tempo e não aconteceu nada. Então perguntaram a mesma coisa de novo, e, só na base da gozação, disseram também: "Ó alma vagante, dê-nos a chance de nos comunicarmos!" E de novo, nada. Então um garoto de uns 14 anos não se aguentou e começou a rir, e todos também caíram na risada. Então, quando ninguém estava esperando mais, o copo se mexeu. Todos se calaram. O dono da casa, achando que algum deles tinha empurrado o copo mas também meio assustado, arriscou perguntar: "Quem está ai?" O copo formou a palavra "assassino". Ele, num tom debochado, perguntou: "Ah é? E quem você matou?" E o copo respondeu: "Ninguém". E ele continuou: "Então o que Vossa Excelência quis dizer com "assassino"?" Não houve resposta. O tal guri de 14 anos, achando que tudo era só piada, uma armação do anfitrião, perguntou, também zombando:
"Aí, Seu Assassino, quando é que alguém vai morrer? Será que dava pra você ver aí no calendário do além?" Então o copo se mexeu até o "H", depois "O", "J", "E". E completou: "E será você." O piá não estava mesmo levando nada a sério, deu risada e perguntou: "É mesmo? E como é que eu vou bater as botas, hein?" O copo respondeu: "S-U-I-C-Í-D-I-O". Ele então começou a ficar irritado e gritou: "Vai à merda, seu espírito imbecil, vou morrer porra nenhuma." Sem razão nenhuma aparente, ele estava muito nervoso, e, com raiva, pegou o copo e o jogou com força pela janela. O apartamento ficava no 6º andar e a janela dava para uma área vazia do prédio, uma extensão do térreo, mas a turma notou que não houve nenhum barulho de vidro quebrando ao cair. Foram olhar pela janela, e estranharam que o copo estava intacto, mas logo alguém disse: "Ah, deve ser daqueles inquebráveis, tipo louça Duralex". O garoto parecia estar enlouquecido, fora de si, debruçou-se na janela dizendo que aquele copo tinha que quebrar, que ele vai quebrar... E repetia isso feito um louco, sem ninguém entender essa reação. Então ele fixou o olhar no copo, deu um grito alto e atormentado e, para grande espanto e choque de todos, se jogou. Caiu em cima do copo, que desta vez quebrou. Foi uma cena realmente muito inesperada e chocante. Não se sabe o que realmente aconteceu naquele dia, nem mesmo se tem ideia do que fez o garoto ficar tão desesperado e fora de si. Tudo é um mistério inexplicável. Uma coisa é certa: todos eles passaram a respeitar mais o mundo do desconhecido e do não palpável."